Esta edição especial foi produzida conjuntamente pelo Jornal da Comunicação Corporativa, informativo Jornalistas&Cia e Rádio Mega Brasil Online, numa iniciativa inédita. Seu principal objetivo foi o de oferecer um cenário do setor da Comunicação Corporativa, nesse que foi um dos seus mais promissores anos, e também e em um momento em que o Brasil experimenta uma das fases mais especiais da sua história. Boa leitura.
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UMA PUBLICAÇÃO CONJUNTA



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Fim do xaveco, agora o que importa é a competência

Maysa Penna, da RP1: “Não somos jornalistas, nem relações públicas. Somos tudo isso” .
Planejamento estratégico e soluções completas em comunicação aparecem no portifólio da RP1 como alguns dos principais diferenciais da agência. Mas, o que seria a RP1? Uma empresa de assessoria de imprensa ou de relações públicas? Pergunta antiga, mas recorrente quando se procura observar a natureza da atuação de uma agência. “Não somos jornalistas, nem relações públicas. Somos tudo isso”, define a jornalista e publicitária Maysa S. Penna, sócia-proprietária, que apresenta a empresa como um “consultório de comunicação”. Sua parceira de diretoria, a publicitária Cláudia Rondon, lembra que a empresa tem know-how de treinamento, mantém colaboradores oriundos de várias áreas e optou pelo que ambas qualificam de carteira qualificada de clientes.
Grande parte deles está no chamado Novo Mercado, onde é vital a satisfação dada aos diversos públicos. É o que rezam as boas práticas de governança corporativa, fundamental para quem pretende se enquadrar como empresa de capital aberto. O aprimoramento na qualidade da informação que se exige flua dos clientes acaba por determinar mudança cultural e de comportamentos das agências e das empresas contratantes, analisa Maysa. Coordenadora do núcleo que desenvolveu o Código de Ética da Abracom, ela recomenda que a aproximação entre cliente e agência seja pautada por resultados e não por relações de amizade. Depois de ser repórter e editora de jornais como DCI, Estadão e Gazeta Mercantil, passando por campanhas publicitárias do Unibanco, Caninha 51 e Consul, Maysa diz ser preciso chegar ao fim a “era do xaveco”. Hoje, uma agência não tem como reter um cliente quando o trabalho oferecido não assegura a qualidade necessária em termos de comunicação.
Na RP1, ressalta Cláudia, a busca de excelência leva em conta a constante qualificação da equipe, adequada ao volume de trabalho, investimento em tecnologia e ampliação da estrutura física que propiciam um atendimento de padrão internacional. Maysa complementa afirmando que sua empresa não contrata PJs, adota o registro pelo regime da CLT, pretende aumentar as bases no Brasil, ter especialistas locais e consolidar parcerias com agências independentes no Exterior. “Enfim, somos uma agência de porte, administrada por gente que pensa grande. E este é um de nossos grandes diferenciais”.

Setor muito pulverizado
Marta Dourado - concorrência pouco profissional promove o achatamento dos preços e desvaloriza o setor como um todo.
Vários são os problemas enfrentados pelas agências, como já vimos em textos anteriores, mas um deles é recorrente, como lembra Marta Dourado, presidente da Fundamento, agência de grande tradição e que nos últimos anos cresceu de forma acentuada. Diz ela que um dos problemas mais sérios do setor é a qualificação da mão-de-obra, já que hoje as demandas de comunicação exigem um profissional com conhecimentos multidisciplinares. “Como este é um setor muito pulverizado, outro problema é a concorrência pouco profissional, que promove muitas vezes o achatamento dos preços dos serviços e acaba por desvalorizar a atividade e o setor como um todo. Por último, citaria ainda a concorrência de outras disciplinas de comunicação que tiveram suas verbas reduzidas e buscam hoje compor um portfólio de comunicação corporativa, se aproveitando de certa desinformação sobre o setor para ganhar presença” – diz a empresária. Segundo sua avaliação, como em todos os setores da economia, depois de uma forte expansão “a tendência deste setor é que comece a haver uma acomodação e uma certa diferenciação natural das empresas que estiverem mais preparadas para competir. Aqueles que não conseguem se profissionalizar e se sustentar neste cenário, tendem a se fundir e ser absorvidos”. Marta diz acreditar que o futuro do setor inclui duas vertentes: “De um lado, veremos surgir uma cadeia de fornecedores especializados em soluções de ferramentas para as agências de comunicação. De outro, será cada vez maior a demanda pelo pensamento estratégico das agências na gestão integrada destas ferramentas, e é nesta vertente que a Fundamento está inserida”, conclui.

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