Esta edição especial foi produzida conjuntamente pelo Jornal da Comunicação Corporativa, informativo Jornalistas&Cia e Rádio Mega Brasil Online, numa iniciativa inédita. Seu principal objetivo foi o de oferecer um cenário do setor da Comunicação Corporativa, nesse que foi um dos seus mais promissores anos, e também e em um momento em que o Brasil experimenta uma das fases mais especiais da sua história. Boa leitura.
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O desembarque das “multis” vai começar?

Paulo Andreoli, da Andreoli MS&L, acredita numa investida das “multis” nos próximos anos.
Não se deve desconsiderar também o fato de que pode vir aí uma nova onda de assédio das multinacionais de relações públicas sobre as agências nacionais. A primeira onda se deu no final dos anos 90 e início de 2000, resultando em parcerias e associações que estão aí até hoje, caso de Ketchum Estratégia, In Press Porter Novelli, Edelman, que se somaram as já presentes Burson-Marsteller e Hill&Knowlton. Mas várias daquelas negociações acabaram ficando pelo caminho, fruto da resistência das empresas brasileiras em aceitar as propostas das multi e destas de entender melhor a realidade brasileira e suas particularidades. Paulo Andreoli, da Andreoli MS&L, agência vinculada ao Grupo Publicis, diz com todas as letras acreditar que as multi virão forte para adquirir posições no mercado brasileiro muito brevemente e aposta que em uma década elas estarão na liderança, ocupando pelo menos as cinco primeiras posições do ranking, hoje praticamente nas mãos das brasileiras, com uma única exceção. Não é o que pensa, por exemplo, o presidente da Abracom, José Luiz Schiavoni, para quem as agências brasileiras continuarão fortes e preparadas para a competição e para a liderança porque entendem como ninguém as especificidades do mercado brasileiro e hoje têm padrão internacional de atendimento e atuam também de forma mundial. Ele lembra que as multi, quando se aproximam, querem as carteiras e também os administradores, para tê-los como fiadores e também para continuarem a fazer caixa, ou seja, querem comprar a agência com o próprio dinheiro dela, além de transformarem o empresário em empregado, razão pela qual, vários dos negócios não foram adiante. Além disso, as mais importantes agências brasileiras têm hoje parcerias com redes internacionais de relações públicas, fato, aliás, que poderá ser conferido mais adiante, nesta mesma edição.
Existem, naturalmente, outras razões, para alguns dos casamentos de multinacionais com nacionais não terem dado certo, caso do regime de contratação de mão-de-obra no setor, onde predomina a figura do PJ – Pessoa Jurídica. As multinacionais entendem que, ao não registrar 100% de seus empregados pela CLT, as empresas ficam vulneráveis e carregam consigo um passivo trabalhista. O que é verdade. A questão é que esse problema vem sendo progressivamente resolvido pelas empresas e ele tende a deixar de ser um obstáculo. Algumas agências introduziram em sua administração um novo modelo de parceria com seus colaboradores: os funcionários de salários maiores estão se tornando sócios, com participação no capital da empresa. A S2, dirigida por Ronaldo Alves de Souza (e também por Schiavoni), é uma delas e a CDN, segundo afirmou João Rodarte, conclui esse processo em 2008, resolvendo todas as pendências ainda existentes.

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