:: Reporter JCCTransparência, participação de todos e culturas similares - o trio que fez da fusão Itaú-Unibanco um verdadeiro sucessoMariana T. Ribeiro e Mara Ribeiro25/05/2017 20:14:00Como a gente atua neste mundo de constante mudança?
“Combinando”, foi o que defendeu Rejane
Braz, gerente de Comunicação Institucional do Banco Itaú. Em sua fala, a executiva explicou como combinar com os
diferentes públicos – colaboradores, clientes, acionistas e sociedade – foi
importante durante o processo de fusão entre os gigantes Itaú e Unibanco, em
2008.
Nessa ebulição digital em que muito conteúdo se produz e, mais
ainda, se compartilha, Rejane
ponderou: “Não era mais uma imposição do
nosso modelo. Era a criação de um modelo novo”, do qual se disse orgulhosa,
justamente pelo caso ter-se tornado referência, ainda mais quando se considera
o tamanho da operação.
A ação teve três pontos cruciais para que tudo desse certo: a primeira delas foi a vantagem de ter duas culturas que se conversavam; "o Unibanco era quase um primo-irmão do Itaú, o que facilitou a primeira fase do diálogo na fusão", explicou. Com a cultura em sintonia, a colaboração entre os funcionários foi mais tranquila. Ao mesmo tempo, havia a intenção de que todos os processos dessem certo, com a contribuição de toda a equipe. Essa disposição do time para a transição foi fundamental para o êxito. A cereja do bolo foi o diálogo franco em todos os níveis. "Ninguém se sentia superior ou inferior durante todo o processo; todas as ideias foram ouvidas e prestigiadas".
Propina
Rejane também comentou
sobre o caso do CARF (Conselho
Administrativo de Recursos Fiscais), no qual o banco estava sendo cobrado em
cerca de 20 bilhões de reais em multa. O órgão acreditava que a operação Itaú-Unibanco era uma compra, não uma
fusão. Nisso, o relator do processo, procurou o banco aliviar o processo em troca de propina. A postura da entidade financeira foi denunciar o caso ao Ministério da
Fazenda, o que resultou na prisão do servidor.
“Não é fácil trabalhar na
comunicação de um banco. Nós sabemos o peso que temos. Ninguém acorda dizendo
‘que maravilha, hoje vou ao banco’, começamos essa relação perdendo. Mas casos
como esse {da denúncia do relator do CARF] – que nos confortam”, afirmou
Rejane.
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