por
Larissa Ágata Vidal
A
maioria das pessoas hoje podem obter informações “transparentes” sobre
atividades públicas, mas se isso é utopia ou realidade? Esta pergunta foi a
tônica do debate “Ética e Transparência na Atividade Pública – Utopia ou
Realidade?”, que aconteceu hoje no Congresso Brasileiro de
Comunicação Corporativa, realizado pela Mega
Brasil, no Centro de Convenções Rebouças, em São Paulo.
“Eu penso que nos dias de
hoje, dentro da transparência, temos muitos mecanismos para acompanhar as
atividades públicas e dentro disso, entra a questão ética”, Fábia Sacco, gestora
do Observatório Social de Maringá,
Além dela, Clayton Santos,
Secretário Municipal de Comunicação Social de Maceió – AL, destacou que “a
transparência é uma necessidade mas, também é um desafio (mesmo com muitos
mecanismos), fazer todas as fiscalizações”. Para ele, a rede social é uma
ferramenta muito interessante para fazer o acompanhamento das atividades da
prefeitura, e por isso, em 2013, ele resolveu investir nessa área. “A página no
Facebook possui 180 mil assinantes e a população interage bastante, seja
elogiando ou cobrando”, declarou.
O secretário aponta também o
“Portal da Transparência”, que recebeu 37 mil acessos no primeiro dia, como um
bem para a sociedade, bem como o “Portal Passivo”, no qual as pessoas podem
requisitar os dados de qualquer atividade pública. Com isso, Maceió se destaca
entre as 10 capitais mais transparentes do Brasil. Porém, a cidade já esteve na
posição 23ª em exclusão digital, segundo o estudo feito pela FGV/Telefônica em
2012.
Para Everaldo Gouveia,
Assessor de Imprensa da Previdência da Câmara Municipal de São Paulo, “a
transparência no serviço publico é uma realidade, mas a transparência total é
utopia”. Rodrigo Mendonça, Prefeito de Bauru, acredita que o acesso da
população ao controle dos serviços públicos “não irá resolver todos os
problemas das cidades, mas irá diminuir o número de casos”.
|