O painel Mapa atualizado das novas mídias: o que
envelheceu? O que ficou? Que horizontes se desenham?, deu início ao Seminário de Comunicação organizado
pela Mega Brasil, com o patrocínio
do Banco do Brasil e Previ – Caixa de Previdência dos
Funcionários do Banco do Brasil, que acontece até o dia 5 de novembro, no
Centro Cultural Banco do Brasil, no Rio de Janeiro. O evento começou com uma
provocação de Leandro Beguoci,
editor e professor da FAAP: “o jornalismo era um mercado estável, com linguagem
estável, em uma época em que informação era um produto escasso pela produção e
pela distribuição. Apenas o jornalismo tradicional conseguia produzir
informação e distribui-la com escala suficiente para informar a sociedade” .
Hoje, quase
a metade da população online no Brasil (47%) utiliza seu PC junto com celular,
tablet e outros dispositivos. Já o bolo publicitário foi dividido com Google, Facebook
e outros produtos digitais. A venda em banca e as assinaturas de jornais caíram
à medida em que a quantidade de informação no mercado aumentou drasticamente.
As empresas
passaram a planejar seus orçamentos com base em um cenário virtual que é
verdadeiro e
detêm cerca 53% da população online. Esse
cenário é ainda mais realçado quando nos deparamos com a mudança de hábito dos
brasileiros, antigamente todos sentavam-se ao redor da televisão e curtiam a
mesma programação. Hoje, cada membro está plugado em um device – laptop, tablet,
celular, videogame e televisão. A predominância da TV alternando entre pai e
mãe.
“A sociedade
brasileira está usando e usará cada vez mais as novas mídias para sua
informação e entretenimento”, ressalta Beguoci.
A informação
está sendo direcionada para diversas plataformas e em tempo real, em vários
níveis de importância com acesso por todos os públicos. Manu
Barem, do Buzzfeed Brasil, enfatiza
que as conversas nas redes sociais levam cada vez mais a informação do dia a
dia. “O cotidiano está conectado. 70 milhões de brasileiros se conectam pelo
mobile e compartilham conteúdos relevantes.
As pessoas querem e gostam de compartilhar emoções e humor”.
Barem afirma
que o modelo do Facebook pode ser aplicado no engajamento da Comunicação
Interna das empresas. A interação com os funcionários para cultura, produtos
etc, cria sensações como o FB. Para o sucesso,
cada post ou divulgação deve ser analisado e direcionado com informação de
qualidade e específico para se tornar viral.
“Tanto no
trabalho com redes sociais quanto em comunicação interna, a apuração e a
investigação são destaque para o sucesso de audiência”, conclui Barem.
Juliana de Faria, do Think Olga, tem experiência diferenciada nas redes sócias.
Com o seu projeto, o Olga, que permitiu
que as próprias mulheres mudassem essa narrativa, criando conteúdo que
refletisse a complexidade feminina sem estereótipos. “O site é um modelo
bem-sucedido que por meio de comunidades, projetos colaborativos e apostas em
plataformas diversas vem traçando uma nova forma de falar com mulheres, criando conexões criativas mais reais e
verdadeiras”.
A jornalista
ressalta que as mulheres cada vez mais divulgam seus anseios, criam o conteúdo
de interesse mútuo, com assuntos sérios e que rodeia o seu dia a dia. A voz das
mulheres vem se propagando: o Olga lançou alguns meses atrás uma Campanha
contra assédio sexual – das 4.000 entrevistas realizadas, 99% delas disseram
que foram vítimas. A repercussão foi tão grande que os grandes veículos do País
deram destaque em suas capas sobre a pesquisa.
“Graças a internet as mulheres tem voz no Brasil e no Mundo. Estão cada
vez publicando e postando seus problemas e se engajando em causas que julgam primordiais
para sua vida”, afirma Juliana.
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