-4730

Em breve... Em breve...

Painel mostra que o jornalismo não controla mais a distribuição de conteúdo

O painel Mapa atualizado das novas mídias: o que envelheceu? O que ficou? Que horizontes se desenham?, deu início ao Seminário de Comunicação organizado pela Mega Brasil, com o patrocínio do Banco do Brasil e Previ – Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil, que acontece até o dia 5 de novembro, no Centro Cultural Banco do Brasil, no Rio de Janeiro. O evento começou com uma provocação de Leandro Beguoci, editor e professor da FAAP: “o jornalismo era um mercado estável, com linguagem estável, em uma época em que informação era um produto escasso pela produção e pela distribuição. Apenas o jornalismo tradicional conseguia produzir informação e distribui-la com escala suficiente para informar a sociedade” .

Hoje, quase a metade da população online no Brasil (47%) utiliza seu PC junto com celular, tablet e outros dispositivos. Já o bolo publicitário foi dividido com Google, Facebook e outros produtos digitais. A venda em banca e as assinaturas de jornais caíram à medida em que a quantidade de informação no mercado aumentou drasticamente.

As empresas passaram a planejar seus orçamentos com base em um cenário virtual que é

verdadeiro e detêm cerca 53% da população online.  Esse cenário é ainda mais realçado quando nos deparamos com a mudança de hábito dos brasileiros, antigamente todos sentavam-se ao redor da televisão e curtiam a mesma programação. Hoje, cada membro está plugado em um device – laptop, tablet, celular, videogame e televisão. A predominância da TV alternando entre pai e mãe.

“A sociedade brasileira está usando e usará cada vez mais as novas mídias para sua informação e entretenimento”, ressalta Beguoci.

A informação está sendo direcionada para diversas plataformas e em tempo real, em vários níveis de importância com acesso por todos os públicos.  Manu Barem, do Buzzfeed Brasil,  enfatiza que as conversas nas redes sociais levam cada vez mais a informação do dia a dia. “O cotidiano está conectado. 70 milhões de brasileiros se conectam pelo mobile e compartilham conteúdos relevantes.  As pessoas querem e gostam de compartilhar emoções e humor”.

Barem afirma que o modelo do Facebook pode ser aplicado no engajamento da Comunicação Interna das empresas. A interação com os funcionários para cultura, produtos etc, cria sensações como o FB.  Para o sucesso, cada post ou divulgação deve ser analisado e direcionado com informação de qualidade e específico para se tornar viral.

“Tanto no trabalho com redes sociais quanto em comunicação interna, a apuração e a investigação são destaque para o sucesso de audiência”, conclui Barem.

Juliana de Faria, do Think Olga,  tem experiência diferenciada nas redes sócias. Com o seu projeto,  o Olga, que permitiu que as próprias mulheres mudassem essa narrativa, criando conteúdo que refletisse a complexidade feminina sem estereótipos. “O site é um modelo bem-sucedido que por meio de comunidades, projetos colaborativos e apostas em plataformas diversas vem traçando uma nova forma de falar com mulheres,  criando conexões criativas mais reais e verdadeiras”.  

A jornalista ressalta que as mulheres cada vez mais divulgam seus anseios, criam o conteúdo de interesse mútuo, com assuntos sérios e que rodeia o seu dia a dia. A voz das mulheres vem se propagando: o Olga lançou alguns meses atrás uma Campanha contra assédio sexual – das 4.000 entrevistas realizadas, 99% delas disseram que foram vítimas. A repercussão foi tão grande que os grandes veículos do País deram destaque em suas capas sobre a pesquisa.  “Graças a internet as mulheres tem voz no Brasil e no Mundo. Estão cada vez publicando e postando seus problemas e se engajando em causas que julgam primordiais para sua vida”, afirma Juliana. 



Voltar