De repente a terra tremeu. Com o estrondo veio a tragédia que destruiu, em 34 segundos, a capital do Haiti. O Exército Brasileiro, que lidera o contingente de Força de Paz da ONU naquele país, se viu, de um momento para o outro, diante de um episódio inusitado, talvez comparável ao mais terrível dos campos de batalha. Ao mesmo tempo em que precisava dar continuidade ao seu papel de pacificador, tinha diante de si o desafio de manter seus canais de comunicação abertos, mesmo em meio àquele cenário de Dante. Assertividade e profissionalismo, acima de qualquer outra emoção, era a palavra de ordem para manter o mundo e a imprensa internacional informados sobre a triste realidade que sucumbiu Porto Príncipe. Em outra frente, contabilizar suas baixas, as maiores já registradas no período pós-Segunda Guerra; repatriar seus servidores mortos e dar assistência às suas famílias, eram realidades que compuseram, talvez, o maior desafio de Administração de Crise vivido por uma instituição, publica ou privada.
Logo após as primeiras horas do terrível terremoto que atingiu 7 graus na escala Richter aterrissava em Porto Príncipe, o Hércules C130, da Força Aérea Brasileira, levando a primeira missão de ajuda humanitária ao Haiti. A bordo, uma equipe da Revista Aerovisão chegava com o objetivo de retratar o trabalho dos militares brasileiros naquele terrível episódio. A missão desses jornalistas, inicialmente prevista para três dias, transformou-se numa estada de 15 dias, nos quais foram produzidas dezenas de reportagens, em texto, áudio e vídeo, além de centenas de fotografias, que acabaram por alimentar com informação, inúmeros veículos de comunicação do Brasil e do exterior, que não contavam com equipes de cobertura no local.
Aquela atividade, comparável à de uma agência de notícias, é uma conseqüência do trabalho da FAB nos últimos cinco anos, ao longo dos quais municiou grandes jornais, revistas e canais de TV do País com quase 10 mil notícias sobre temas ligados à Força Aérea Brasileira. Nesse período, a instituição esteve envolvida em assuntos de grande repercussão, nacional e internacional, como os acidentes da GOL e da TAM e operações de ajuda humanitária, como no resgate de brasileiros no Líbano, em 2006. A partir das experiências em cada caso, a comunicação da FAB passou por uma reestruturação e hoje caminha para a consolidação de uma agência de notícias.
Essas duas experiências, que teve como pano de fundo o terremoto do Haiti, serão detalhadas no Congresso Mega Brasil de Comunicação 2010, pelo chefe do Centro de Comunicação Social do Exército Brasileiro (Ccomsex), o General de Brigada Carlos Alberto Neiva Barcellos, e pela equipe do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (Ceconsaer), formada pelo Coronel e Chefe do Serviço de Imprensa da FAB, Henry Munhoz Wender, e pelos tenentes jornalistas Alessandro Paulo da Silva, Chefe da Seção de Editoração e Adjunto da Divisão de Conteúdo/Pauta, e Luiz Claudio Ferreira, Chefe da Seção de Redação e Adjunto da Divisão de Conteúdo/Coordenador.
A Temporada Oficial de inscrições para o Congresso Mega Brasil de Comunicação 2010 tem início nessa quarta-feira (14/4/10) ao preço de R$ 920,00 até o dia 3 de maio. Elas podem ser feitas diretamente no endereço www.megabrasil.com.br. Outras informações pelo 11-5576-5600.